quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Forração do teto

O Chevette é um carro que sofre com o calor vindo do teto (ao sol). O forro original consiste de uma manta de fibras naturais (provavelmente de côco) e o forro de corvin branco como acabamento. Como o forro de corvin estava ruim (rasgado, mofado ...) e a tal fibra natural não isolava em nada o calor, decidi arrancar tudo e pintar o teto com Batida de Pedra, a mesma tinta que usei no assoalho, cofre do motor e interior do porta malas:
Depois fui a um desmanche e comprei uns pedaços de feltro grosso, do tapete do Corsa, baratinho. Numa loja de material de construção comprei aqueles mantas de aluminio que vai em baixo de telhados. Usei cola de contato para colar o feltro no teto e a manta de aluminio nas colunas do teto do Chevette, e ainda utilizei as travessas da forração original para ajudar na fixação.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Problemas mecânicos II

Certo dia o carro começou a encrencar, falhava muito. Ao chegar em casa verifiquei os cabos de vela e constatei que quando retirava o quarto cabo não aterava o funcionamento do motor, conclusão: a quarta vela estava com problema. Retirei a vela e verifiquei o eletrodo estava totalmente carbonizado, tentei lixá-lo mas não resolveu. No dia seguinte fui ao mecânico o qual me fez o favor de quebrar outra vela, resumo troquei o jogo inteiro, com 2.260 km rodados após feito o motor. Indaguei o mecânico sobre a causa do problema e o mesmo me informou que pode ser afogamento, devido ao carburador utilizado não ter retorno de combustível. Ele me pediu para que quando completar 2.500 km eu leve o carro de volta a mecanica para revisão e nesta ocasião será verificado o carburador.
Não entendo muito de mecanica, mas, acho que o problema não seja retorno do combústivel, digo isso pois o Chevette da minha tem um carburador também sem retorno, apesar de ser um modelo diferente, e o mesmo não sofre com o problema de afogamento como ocorre diariamente com o meu.

Elétrica I

Aproveitando o embalo da pintura, providenciei novas lanternas dianteiras e traseiras (com moldura preta) e também faróis da Twister (de segunda linha, pois os originais...) para melhorar a iluminação e aproveitar as lâmpadas H4 herdadas do meu antigo veículo (Fiat 147 1979). Na troca das lanternas traseiras foi encontrada mais massa a qual não permitia a vedação ideal do lado direito. Tive de raspar e bater a lata até o alinhamento ideal. Os buracos que ficaram foram fechados internamente com massa, eheheh. Primeiro arranca e depois bota de volta, eheheh. Ainda tive que retocar a pintura, como a tinta acabara, usei Batida de Pedra. Ficou um detalhe... … “RAT”, eheheh

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pintura

A ideia principal na pintura do carro era a troca da cor, de bege para preto fosco, outro detalhe era de que os podres na lataria – que não implicassem em risco à segurança ou ao conforto – se mantivessem. Comecei orçando a pintura completa em chapeações, e o resultado foi assustador, mesmo falando em não chapear, somente lixar e pintar, os valores passavam de R$ 1.000,00. Tal valor para mim era inaceitável devido ao valor gasto com a mecânica (muito superior ao orçado inicialmente). Parti então para o orçamento somente do material necessário, incluso manta de fibra de vidro para alguns “remendos”, ai a conta ficou aceitável (pouco mais de R$ 300,00). Como sou adepto da política de “FAÇO EU MESMO” - devido a falta de dinheiro, a curiosidade, entre outros motivos – resolvi pintar o carro. Primeiro problema: O Compressor. O compressor foi fácil, eheheh, depois de uma semana quebrando a cabeça, lembrei de um amigo que tem loja de informática e que tinha um compressor, mas sem pistola. Segundo problema: A Pistola. Essa também foi fácil, outro amigo tinha uma “pistola”, nada profissional, eheheh. Terceiro e último problema: O Local. Apelei para meu pai que cedeu a garagem, quem não gostou foi o vizinho!!
A primeira fase da pintura iniciou nas rodas após o lixamento superficial, diga-se de passagem. A parte interna das rodas foi pintado de preto fosco vinílico, a mesma tinta que seria utilizada no carro. Externamente a roda foi pintada de esmalte sintético na cor vermelha royal da linha GM.
Após as rodas fui para o carro. Antes da pintura o lixamento! Como era pra ser um Rat, o capricho ficou de lado, o lixamento foi só para tirar o brilho da tinta existente. Nessa fase foram encontrados vários pontos com massa, algumas das quais foram raspadas, e ficou assim mesmo, raspada. Em outros achei buracos que foram tapados, alguns com solda, outras com massa … … gambiarra pura!!! eheheheh.
O carro tem alguns amassados, alguns podres nos para-lamas, tudo para completar o visual “RAT”. O assoalho anterior do lado direito tinha uma baita rachadura que foi soldado.
Com o lixamento e tudo mais terminado, iniciei pela pintura do cofre do motor, com a mecânica e elétrica montada mesmo. Passei uma tal de “Batida de pedra” na cor preta, ela dá um acabamento fosco e protege a lataria contra batidas.
Em outra data, quando me foi disponibilizada a garagem, parti para lá e iniciei a desmontagem das partes que atrapalhariam a pintura externa (espelhos retrovisores, maçanetas, cilindros de chaves, para-choques, lanternas, faróis, placas e borrachas das portas). Os vidros eu apenas isolei com jornal e fita crepe.
A pintura iniciou-se pelo capô, tampa do porta-malas e painel frontal (por trás da grade e faróis), os quais pintei de vermelho, na mesma tonalidade das rodas.
Terminado os detalhes vermelhos, comecei a pintura externa da carroceria.
O processo de desmontagem, pintura externa e limpeza das ferramentas utilizadas não demorou mais que cinco horas, iniciado às 17 horas e findado às 22.
Foi dado apenas uma demão na pintura, devido a vários fatores. O resultado pode ser visto ao sol. Cheio de falhas, manchas, escorrimento de tinta, bolhas e etc, Eheheheh, bem “RAT”.
Ainda faltou pintar o interior do carro e porta-malas, que foi realizado em diversas etapas.
Primeiro o teto (Batida de Pedra preta);
Depois o assoalho (Batida de Pedra preta);
Em seguida as laterais traseiras e colunas (vinílico fosco preto) e por fim o painel sob a capa (esmalte sintético vermelho royal).
Internamente ainda faltam as portas, pois faltou tinta preta e tá sobrando vermelha, mas não sei de que cor pintarei.

“Ratização” I

O processo de “Ratização” do Chevette 76 começou logo que o mesmo saiu da oficina após o trato mecânico. Primeira providência foi arrancar toda e qualquer forração interna do carro (vinil do teto, forro das portas, forro das laterais traseiras, carpete e capa do painel).
Externamente foi tirado a grade e as molduras plásticas dos faróis para ressaltar o fundo que será pintado de vermelho.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Problemas mecânicos I

Como toda a transformação, essa também não poderia dar certo na primeira tentativa.
Alguns dias após ter tirado o carro da oficina, surgiu a oportunidade de coloca-lo na estrada, 60 km ida e volta, só para dar uma esticada, com a orientação do mecânico de não passar dos 4000 RPM, mas como saber sem conta-giros, eheheh. A viagem estava tranquila, quando, a cerca de 5 km do destino, após uma ultrapassagem o carro começa a falhar e dar sinais de que iria apagar, não respondendo ao acelerador. Então iniciei a redução de marchas, quando pisei na embreagem o motor apagou. Esperei alguns minutos e o carro pegou. Segui o fim da viagem com o motor falhando e sem abusar. No retorno, tive que dosar o acelerador, sem subir a rotação.
De volta ao mecânico, a primeira suspeita era de sujeira na gasolina, nos esguichos do carburador foi encontrada uma gosma de cor amarelada, não conseguimos descobrir oque era ou de onde viera. O carburador Weber 460 possui uma peneira entre a câmara de combustível e os esguichos pela qual a gosma não passaria. Mesmo assim resolvemos limpar o tanque, de onde tiramos um punhado de sujeira. Dias após a verificação do carburador e tanque, outro tiro curto, 25 km ida e volta, e novamente o problema de apagar após forçar o motor. Antes do retorno parei num posto e inspecionei o motor, contatei aquecimento excessivo da bobina, enrolei um pano molhado na mesma e retornei para casa sem forçar. Cansado do problema após outras ocorrência apelei para internet, foi ai que descobri que o problema era mesmo com a bobina. A bobina instalada era do modelo asfáltico de alta potência (Bobina Bosch KW 9 220 081 067) que necessita de corrente máxima em torno de 4A. A mesma foi ligada em fio comum que fornecia 8A, oque ocasionava o aquecimento e falha da bobina em altas rotações do motor. Voltei ao mecânico e o mesmo me confirmou a informação então fui atrás de um pré-resistor (original em alguns modelos de Chevette), já que supostamente o fio original estava isolado por mal funcionamento. A peça foi encontrada em um ferro-velho, instalada e funcionando perfeitamente, encerrando-se assim o primeiro episódio.

domingo, 11 de abril de 2010

Início da transformação

A primeira etapa da transformação foi a mecânica. Como falado anteriormente, o Rat deve ser forte, portanto o carro foi direto para a oficina para um trato em toda a mecânica.
O motor estava um caco, não rendia, bebia muito, falhava, etc. Para deixar o carro um nervoso foi decidido transformar o motor num 1.7 l a álcool (originalmente 1.4 l a gasolina). A troca de combustível foi logo descartada pois em conversa com o mecânico, com amigos, entre outros, cheguei a conclusão que não valeria a pena, o ganho em desenpenho seria mínimo se comparado com o gasto a mais, com o incômodo em dias frios ...
Para aumentar a litragem do motor, o mesmo foi para a retífica para aumentar o diâmetro dos cilindros a fim de caber pistões de Monza 1.8, ainda no bloco o mesmo teve de ser trabalhado para receber o virabrequim e as bielas do Chevette 1.6S. Os pistões também foram trabalhados para servirem nas bielas.
Como foi aumentado o volume do motor teve que ser feita a adaptação das válvulas de admissão e escape também do Monza 1.8, para servirem no cabeçote original.
Para alimentar o bicho, foi trocado o carburador (original Solex H 34 PDSI por um Weber 460) e conseguentemente o coletor de admissão que vieram do Chevette 1.6S. para dar conta dos gases de escape o coletor é duplo, também vindo do Chevette 1.6S. Para garantir que o motor não ferva foi necessário a troca do radiador que estava em estado deplorável.
Na parte de ignição para melhorar a queima de combustível foi adaptado a ignição eletronica também do 1.6S.
A caixa de marchas teve de ser toda desmontada pois a 1ª e 3ª marchas escapavam, a minha idéia era de adaptar a caixa de 5 marchas do Chevette, mas fui convencido pelo mecânico, inclusive em vista do custa da adptação, em apenas substituir o diferencial pelo do Chevette 1.6S com relação mais longa. Com isso queria um pouco mais de folga pro motor, não gosto de correr "muito", mas também não gosto de viajar com um motor berrando. Precisou ser trocado as duas pontas de eixo traseiras pois estavam tortas. O cardã também foi trocado pelo do 1.6 visto que o coice da nova cavalaria é bem maior.
Os freios foram revisados, sendo trocado discos, pastilhas, flexíveis, reparo do cilindro mestre e fluído.
A suspensão foi toda desmontada, trocados amortecedores, bandejas, buchas, bieletas e barra estabilizadora traseira (panhard) que estava torta. As molas estavam boas, apenas foi mechido nas dianteiras onde foram tiradas 2 voltas.
O resultado medido em dinamômetro é comparável a um Opala 4 cilindros, o torque é de 17 kgf/m e potência de 80 cv. Quando conversei com o mecânico pedi para que fosse priorizado o torque.

sábado, 13 de março de 2010

Meu Rat

O projeto de transformação de um Tubarão num Rato, eheheheheheh!!
O Chevette 76 comprado na cor bege mas que originalmente era verde claro metálico passaria a ser na cor preto fosco.
O para-choque dianteiro pintado em preto seria raspado, mostrando seu cromado provavelmente oxidado.
Os espelhos pretos de plástico seriam trocados por espelhos tipo hot pipe, instalados na coluna da porta em posição elevada.
As rodas, dois modelos de ferro do Gol, seriam substituídas pelas originais de aço com suporte para calotas pintadas na cor vermelha royal, mas com um detalhe, na dianteira seriam mantidas originais e na traseira modificadas (cortada o centro da roda original e soldada em um aro de 15x8”).
Os pneus dianteiros seriam 165/70 R13 e os traseiros 205/60 R15, todos montados com faixa branca.
Como ornamento seria trocada a manopla original por uma bola de sinuca número 3 (vermelha), no espelho interno seria pendurado um esqueleto, nas placas seria colocado parafusos em forma de caveira com led nos olhos.
As forrações internas seriam todas arrancadas, e no teto seria feita nova forração para evitar o calor, bem como na parede corta fogo e no túnel da caixa de marchas.
Os bancos deveriam ser altos de Chevette ou de outro veículo de fácil adaptação.
O motor seria retificado, adaptado pistão, válvulas de admissão e escape de Monza. Do Chevette 1.6S viriam as bielas, o virabrequim, os coletores, carburador e a ignição eletrônica.
Na transmissão seria verificada a caixa de marchas visto que a 1ª e 3ª marchas escapavam, e a substituição do diferencial pelo do Chevette 1.6S com relação mais longa.
Nos freios seriam verificados os dianteiros, já que os traseiros eram novos (quando comprei o Tubarão estava sem freio traseiro e de mão, e eu mesmo fiz a troca).
A suspensão deveria ser levemente rebaixada na dianteira e verificado os amortecedores, bandejas, buchas, bieletas, barras e etc.
Na elétrica deveriam ser substituídas as lanternas dianteiras e traseiras, os faróis, o ventilador do desembaçador e revisados os chicotes.
O objetivo com certeza era montar um carro confiável, para viagens, não necessariamente confortável mas que fosse seguro e forte, pois não gosto de ficar atrás dos outros por muito tempo, muito menos da ideia de qualquer milzinho me podando.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Rat Rod

A tradução literal para Hot Rod seria "Biela Quente" que atribuído a carros, sugere um veículo potente, forte.
Já o Rat Rod, "Biela Rato", seria um carro com uma aparência "suja" e ou "feia".

Rat Rod é a nova definição dada aos Hots do início da década de 50.
As principais características: aparência "inacabada" tanto externa quanto interna; lataria com pintura original apresentando ferrugens ou acabamento fosco; retirada de peças não vitais; carros montados utilizando peças de diversos outros veículos; mecânica forte e 100%.
Detalhes da personalização: símbolos e escritos nas portas, tribal no capo dianteiro ou traseiro, poucos cromados, manoplas (bola de sinuca, caveira, granada, cobra ...), espelhos retrovisores presos na coluna da porta, penduricalhos no espelho interno, rodas pintadas em vermelho, faixas brancas nos pneus, calotas cromadas entre outros.
Custo: baixo, em comparação aos Hot Rods ou "Custom" que, como os Rats, são veículos muitas vezes montados com peças de outros carros e com uma mecânica muito forte, mas acabamento (lataria, pintura, tapeçaria, estofamentos e cromados) impecável.

Por que um Rat Rod?

Quando adquiri meu Tubarão (Chevette 1976) a ideia inicial era deixa-lo com a aparência original do veículo da época, com todos os cromados, calotas, frisos e tudo mais. Comecei então o orçamento da empreitada, foi ai que me dei conta que reforma e ou restauração de um veículo não é coisa pra pobre. Ainda mais se for um pobre que não sabe nada ou quase nada de mecânica, elétrica, funilaria, tapeçaria e por ai vai.
Para a minha ideia inicial o Tubarão não estava muito bom de lataria e mecânica. Necessitaria de funilaria geral (troca de assoalho inclusive do porta-malas, troca das portas, troca da tampa do porta malas, troca do painel traseiro, saias laterais entre outros recortes e remendos e soma-se uma pintura completa. A mecânica precisava ser toda revisada, retifica no motor, revisão da caixa de marchas, do sistema de freio, da suspensão e direção. Na tapeçaria tudo deveria ser novo. No acabamento faltavam as rodas e calotas, para-choques e frisos. Da parte elétrica pouco se aproveitaria, necessitava de novas lanterna dianteiras e traseiras, faróis, troca de chicotes, alternador e bobina.
Resumindo, para a concretização de tal reforma o orçamento passaria tranquilo dos quinze mil reais.
Diante de tal situação e vendo fotos e reportagens na internet me deparei com os Rat Rods, veículos com uma aparência nem sempre agradável mas com o principal, uma mecânica confiável e forte.
Deste ponto parti para a ideia de transformar meu Tubarão num quase-autêntico Rat Rod (os autênticos possuem motores de 6 e 8 cilindros e utilizam carrocerias de veículos da década de 50 pra baixo). Para tal faria apenas alguns reparos na lataria e a pintura eu mesmo tentaria executar, sempre buscando economizar ao máximo. O gasto maior mesmo seria na mecânica, visto que meus conhecimentos de mecânica não me permitiriam desmontar um motor e remontá-lo de forma que funcionasse. Ainda mais apimentado como eu queria.

Por que um Chevette?


Quem já “pilotou” carro com tração traseira sabe do que vou falar. A tração traseira requer alguns cuidados na pilotagem, deve-se ter certa habilidade em determinadas situações. Em curvas fortes a traseira desgarra, isso é perigoso mas muito emocionante, quem é que gosta de viver no tédio?! O Chevette é um carro destes, quando exigido em curvas ele desgarra, quando em arrancadas em piso liso ele sai de lado e pra zerinho então?! Não é um carro muito econômico mas os Tubarões tem história e tem estilo. Por ser um carro de pequeno porte tem muito espaço para bagagem. Para estacionar é uma maravilha, o pneu dianteiro vira muito. E um dos principais pontos, o valor de compra e a facilidade para achar peças, novas e usadas. É por essas e por outras que escolhi este carro para minha reforma.